Data: 19-10-2011
Criterio:
Avaliador: Tainan Messina
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Se desenvolve em áreas de restinga e de floresta ombrófila, tem ampla distribuição e é abundante. Sua principal ameaça está relacionada ao habitat, no entanto a espécie ocorre dentro de diversas UCs.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Manilkara subsericea (Mart.) Dubard;
Família: Sapotaceae
Sinônimos:
Manilkara subsericea é caracterizada por possuir na face abaxial de suas folhas indumento subsericeo esbranquiçado ou esverdeao, o que a diferencia das espécies próximas M. salzmanii e M. triflora (Penninton, 1990).
Assumpção e Nascimento (2000) registraram 3,3 de densidade para 100m2 no complexo lagunar Grussaí/Iquipari, no município de São João da Barra, RJ. Cirne et al. (2003) encontraram 2 de frequência absoluta para M. subsericea na Reserva Ecológica de Jacarepiá, Saquarema, RJ. Gomes et al. (2010) em seu estudo de biologia floral de M. saubsericea relatou a existência de populações da espécie em Área de Proteção Ambiental (APA) de Maricá, RJ. Monteiro et al. (2007) estudaram 15 indivíduos no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba (PNRJ), litoral norte do estado do Rio de Janeiro. Ocorre na Reserva de Linhares, ES, em campos nativos (Araujos et al., 2008).
Manilkara subsericea ocorre nos estados Espírito Santo, Rio de Janeiro, Paraná (Carneiro; Almeida, 2010).
Manilkara subsericea é uma arvoreta ou árvore de até 10m de altura em ambientes de restinga, mas podendo a chegar a 20m em florestas ombrófilas no Paraná e Santa Catarina (Penninton, 1990). Possui caule áspero, cinza e com látex branco. As flores são brancas-esverdeadas ou amarelas, e os frutos quando maduros possuem coloração laranja a vermelho (Penninton, 1990). Segundo Cirne et al. (2003), M. subsericea pode rebrotar após a passagem de fogo, mas que esta capacidade está relacionada mais como uma resposta aos distúrbios mais comuns do local como seca, vento, herbivoria e inundações. Braz e Matos (2010) em seu estudo concluíram que M. subsericea possui baixas taxas de germinação, o que indica um certo grau de dormência das sementes, já que no local de estudo juvenis são abundantes. Segundo Zamith e Scarano (2004) os grandes períodos de dormência observados constituem sério problema para a produção de mudas destas espécies, indicando a necessidade de investigações adicionais relativas ao ponto de maturação e época de colheita dos frutos, beneficiamento e tratamento pré-germinativo destas sementes, exigências de substrato, umidade, temperatura e luminosidade para a germinação, que porventura possam quebrar a dormência das sementes, homogeneizando o período necessário para a germinação.
1.4.2 Human settlement
Incidência
local
Severidade
high
Detalhes
Um dos maiores riscos à espécie é a degradação do ambiente de restinga onde se desenvolve por urbanização e especulação imobiliária.
4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Ocorre em áreas de Proteção Ambiental como Parque Estadual Paulo César Vinha (Guarapari, ES, Brasil) (Bregonci et al., 2010), Área de Proteção Ambiental (Apa) de Maricá, RJ (Gomes et al. ,2010). Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba (PNRJ), litoral norte do estado do Rio de Janeiro (Monteiro et al., 2007). Reserva Ecológica de Jacarepiá, Saquarema, RJ (Cirne et al., 2003).
1.2.1.1 International level
Situação: on going
Observações: Menos preocupante (LRi/cd). Lista vermelha da IUCN (O'Brien, 1998).
- ASSUMPÇÃO, J.; NASCIMENTO, M.T. Estrutura e composição florística de quatro formações vegetais de restinga no complexo lagunar Grussaí/Iquipari, São João da Barra, RJ, Brasil. Acta bot. bras., v. 14, n. 3, p. 301-315, 2000.
- PENNINGTON, T. D. Sapotaceae. 1990. 271 p.
- CARNEIRO, C.E.; ALMEIDA JR., E.B. Sapotaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB014477>.
- CIRNE, P.; ZALUAR, H.L.T.; SCARANO, F.R. Plant diversity, interspecific associations, and postfire resprouting on a sandy spit in a Brazilian Coastal plain, Ecotropica, p.33-38, 2003.
- GOMES, R.; PINHEIRO, M.C.B.; LIMA, H.A.D.; SANTIAGO-FERNANDES, L.D.R. Biologia floral de Manilkara subsericea e de Sideroxylon obtusifolium (Sapotaceae) em restinga. Revista Brasil. Bot., v. 33, n. 2, p. 271-283, 2010.
- MONTEIRO, R.F.; MACEDO, M.V.; NASCIMENTO, M.S.; CURY, R.S. Composição, abundância e notas sobre a ecologia de espécies de larvas de lepidópteros associadas a cinco espécies de plantas hospedeiras no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, RJ. Rev. Bras. entomol, v. 51, n. 4, p. 476-483, 2007.
- BRAZ, M.I.G.; MATTOS, E.A.D. Seed Dispersal Phenology and Germination Characteristics of a Drought-Prone Vegetation in Southeastern Brazil. Biotropica, v. 42, n. 3, 2010.
- ZAMITH, L.R.; SCARANO, F.R. Produção de mudas de espécies das Restingas do município do Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Acta bot. bras., v. 18, n. 1, p. 161-176, 2004.
- O'BRIEN, P.J. Manilkara subsericea in IUCN Red List of Threatened Species. Disponivel em: <http://www.iucnredlist.org/details/34750/0>. Acesso em: 10/07/2011.
CNCFlora. Manilkara subsericea in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Manilkara subsericea
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 19/10/2011 - 20:23:30